segunda-feira, 8 de abril de 2013


Estudante: Alyson Miguel Harrad Reis, 12 anos               
Colégio Estadual Dezenove de Dezembro, sétimo ano “a”
Estudo sobre preconceito, baseado no livro “As 12 faces do preconceito”.
Autor: Jaime Pinsky (org.)
Editora: Contexto
Preconceito (prefixo pré- e conceito) é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial" e "sexual".
A causa do preconceito.
A pessoa pode ter preconceito de outra sem nem saber o porquê. Vivemos em sociedade e seguimos suas regras, que nos são impostas desde pequenos, e só somos aceitos nessa sociedade se agirmos de acordo com esses ensinamentos. Isso já é um preconceito, só se aceitar quem anda de acordo com as regras.
Neste estudo, falarei dos tipos de preconceitos apresentados no livro “As 12 faces do preconceito”.



PRECONCEITO UM
MULHERES
Há 100,5 milhões de mulheres no Brasil. A população de mulheres é 4 milhões maior do que a de homens. Apesar de serem maioria, de modo geral, ainda continuam sendo inferiorizadas.
As mulheres já sofreram muitas injustiças: foram proibidas de sair de casa desacompanhadas, foram obrigadas a se casarem com quem não quisessem, não podiam votar, quase não podiam frequentar a escola e tinham que vestir o que o pai e mãe quisessem.
Em algumas situações o marido não deixa a mulher sair de casa, não deixa dirigir um carro, o marido acha que lugar de mulher é na cozinha. Isto se deve ao machismo, a crença de que os homens são superiores às mulheres.
Mulher não pode fazer só coisas que mulheres fazem. Mulher pode ser piloto de avião, piloto de moto, motorista, mecânica. Não só homens podem fazer esses trabalhos. Por exemplo, a presidenta Dilma é a primeira mulher presidenta do Brasil. Qualquer um pode escolher o trabalho que se sente bem, não o que outra pessoa quer. Ninguém e obrigado a trabalhar em um lugar que não quer, todos têm direito de escolher. Hoje em dia se vê muitas mulheres garçonetes, homem cozinheiro, homem trabalhando de empregado doméstico. 
Se tem 100,5 milhões de mulheres no Brasil, imagine quantas sofrem:

Triste Né?
    Ainda bem que hoje tem a lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.


PRECONCEITO DOIS
RACIAL– “SERVIÇO DE NEGRO”.
A população negra no Brasil em 2010 foi 14.517.961. Já a parda foi 82.277.333, segundo o censo do IBGE.  Assim, as pessoas negras e pardas representam 49% da população brasileira.  Mesmo sendo tão numerosas, são alvos de muito preconceito, ou racismo.
O racismo é a tendência do pensamento, ou o modo de pensar, em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras, normalmente relacionando características físicas hereditárias a determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais.

Uma pessoa negra e uma branca sendo amigas.

Em algumas situações os brancos não deixam seus filhos e suas filhas namorarem negros. As pessoas brancas e as pessoas negras são totalmente iguais porque ambas são pessoas, mais os preconceituosos não vêem igualdade entre elas. No passado nenhum negro podia trabalhar em serviço de branco porque diziam que não sabiam fazer coisas que brancos faziam. Mas alguns sabiam, e se outros não sabiam foi porque não tinham a oportunidade de aprender. Antigamente os negros e os brancos não podiam ter contatos físicos, não podiam olhar um para o outro, não podiam estudar na mesma escola, não podiam trabalhar no mesmo lugar e não podiam andar no mesmo ônibus. Diziam também que os negros tinham que ser escravos dos brancos, tinham que fazer tudo que os brancos mandavam, na antiguidade era assim. Na antiguidade foram os negros que construíram o chão. Na Bahia foram os escravos que construíram o chão de pedra. Hoje em dia mudou muito, mas ainda tem essas coisas, embora pouco. Hoje em dia tem mais igualdade entre as pessoas negras e brancas. Por exemplo, Barack Obama é o primeiro presidente negro dos EUA (Estados Unidos).
Ainda existe preconceito contra os negros hoje em dia, mas no Brasil o racismo é crime. Uma das primeiras leis do racismo foi à lei Afonso Arinos. Essa lei foi aprovada em 1951
Hoje se vêem negros e brancos sendo amigos, até mesmo crianças·:

Todos nós somos iguais:
 
Até mesmo os cachorros:

Olha o preconceito dessa mulher racista:


PRECONCEITO TRÊS
HOMOSSEXUAIS
As pessoas acham que a homossexualidade é uma doença, que tem que se tratar como se fosse uma pessoa com aids. A pessoa homossexual sofre muito porque alguns são espancados, assassinados e até esfaqueados por ser homossexual. Isto se deve à homofobia, que Junqueira (2007) define como “Um conjunto de emoções negativas (tais como aversão, desprezo, ódio, desconfiança, desconforto ou medo), que costumam produzir ou vincular-se a preconceitos e mecanismos de discriminação e violência contra pessoas homossexuais, bissexuais e transgênicos (em especial, travestis e transexuais) e, mais genericamente, contra pessoas cuja expressão de gênero não se enquadra nos modelos hegemônicos de masculinidade e feminilidade. A homofobia, portanto, transcende a hostilidade e a violência contra LGBT e associa-se a pensamentos e estruturas hierarquizantes relativas a padrões relacionais e identitários de gênero, a um só tempo sexistas e heteronormativos”.
Aqui está um exemplo da violência homofóbica:

Um menino na parada gay foi espancado.

A pessoa homossexual não escolhe o que é. Ela sente de quem ela gosta de verdade e todos os outros têm que respeitar, mas ainda existe muita discriminação. Por isso que existem os direitos humanos e o Disque 100 (serviço de denúncia de violação dos direitos humanos).
Os homossexuais são pessoas de bem, nem todos, mas os homofóbicos pensam que eles são mal educados, nojentos e chamam eles de bicha, bichona, bichinha, boiola etc.

PRECONCEITO QUATRO
IDOSOS
No Brasil em 2010 havia em torno de 14 milhões de pessoas idosas (pessoas acima dos 60 anos de idade), ou 7,4% da população total.

Os idosos também sofrem muito, pois não deixam os idosos entrarem nos ônibus, são espancados, sofrem hematomas. Alguns idosos têm bens e seu filho vai lá e pega e depois fala que não pegou.

Os idosos sofrem dentro do ônibus. Os jovens e adultos não dão lugar para um idoso, são mal educados e até quando o idoso está sentado os jovens tiram o idoso do seu lugar para os outros sentarem.
Os idosos bem velhinhos quando estão com uma babá para cuidá-los são violentados, só alguns, nem todos. O idoso às vezes quando sua babá está no computador e o idoso está precisando de ajuda e pede para a babá, ela fala para esperar, mas não ajuda, e até passa fome.
 Por isso em 2003 foi instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
O idoso tem que ser respeitado. 

PRECONCEITO CINCO
JOVENS – ENTRE A MAMADEIRA E A CAMISINHA
O jovem hoje no Brasil compreende a faixa de idade entre 16 a 29. No Brasil em 2010 tinha 51.340.493 pessoas na faixa dos 15 aos 29 anos (ou 26% da população total), segundo o censo do IBGE  
Jovens também sofrem. Os jovens em algumas situações são estuprados e ameaçados de morte. Também são violentados, espancados e às vezes mortos.
Em minha opinião, os jovens acham que todos os jovens do mundo têm que usar drogas. Eu não acho que todos devem usar e sim os que usam acho que devem saber quando parar, mas é um vício, quase não se recupera.
Os jovens em alguns casos são tratados como crianças ou às vezes tratados como um adulto de mais idade.
  Às vezes os jovens enfrentam preconceito no mercado de trabalho porque se alega que não têm experiência, não têm qualificações suficientes ou por causa de sua aparência   


PRECONCEITO SEIS
LINGUÍSTICO
Preconceito linguístico é quando alguém critica o outro pela sua expressão verbal ou mesmo escrita. Aqui esta um exemplo:


As pessoas que falam com culturas diferentes sofrem preconceito também. Os caipiras sofrem mais porque eles falam muito com o erre puxado, enquanto os que falam diferente ficam rindo da cara do caipira, só porque ele fala diferente.




Quando estrangeiros vêm para o Brasil, eles sofrem muito preconceito porque eles também puxam o erre e têm sotaque de estrangeiros, como aqueles dos Estados Unidos ou da Inglaterra.


PRECONCEITO SETE
GORDOS (OBESOS)
De acordo com as tabelas da Metropolitan Insurance Life Company (Nova York, EUA), uma pessoa é considerada obesa quando seu peso for no mínimo 20% maior do que o considerado ideal para sua altura. Mas a sociedade constantemente discrimina a pessoa obesa, como se ela fosse à única responsável por seu estado. Mas isso não condiz com a realidade. Na verdade, o obeso nada mais é do que vítima de uma série de fatores orgânicos, ambientais e psicossociais que têm implicações fortes para o controle da doença, caracterizada pelo excesso de gordura corpórea. (Fonte: www.portaleducacao.com.br).
As pessoas obesas sofrem muito preconceito: as pessoas não deixam os obesos entrarem no ônibus, não são aceitos no trabalho. As pessoas obesas levam apelidos como: baleia, bolota, balofa e bola. As pessoas não gostam de ter um amigo obeso. Essas pessoas também apanham por serem obesas.
Aqui tem um exemplo de preconceito contra a pessoa obesa:


Estudos no meio escolar mostram que muitas as crianças têm preconceitos com relação às crianças obesas, classificando-as de feias, preguiçosas, infelizes e com poucos amigos.


PRECONCEITO OITO
BAIXINHOS
As pessoas baixinhas sofrem preconceito. Por exemplo: tem uma pessoa baixinha que quer participar de um time de basquete, só que ele é baixinho demais para alcançar a cesta. Ele apanha dos grandões e é expulso do time porque ele é baixinho demais.

Em uma classe de 28 alunos na próxima aula eles terão educação física, tem três baixinhos e o resto grandões. Então eles jogam vôlei, daí os mais altos jogam a bola muito alto daí os baixinhos não podem pegar a bola daí os grandões falam: “Ha bobões não conseguem pegar a bola”.
Exemplos de apelidos preconceituosos contra pessoas baixinhas incluem : catatau, anãozinho, tampinha, anão de jardim,

PRECONCEITO NOVE
ANTISSEMITISMO (CONTRA JUDEUS) 
Antissemitismo é o preconceito ou hostilidade contra judeus baseados em ódio contra seu histórico étnico, cultural e/ou religioso. Em sua forma mais extrema, "atribui aos judeus uma posição excepcional entre todas as outras civilizações, difamando-os como um grupo inferior e negando que eles sejam parte da(s) nação(ões) em que residem" (Wikipedia). A pessoa que defende este ponto de vista é chamada de "antissemita".
Os judeus também sofrem preconceito.
Algumas pessoas pensam que os judeus são mal educados, querem pegar nosso dinheiro, que são ladrões, malandros e cheios de planos para acabar com a gente.
Tudo isso é mentira, os judeus são educados. Quando saem com os amigos, sempre querem pagar a conta. Às vezes acontece que as pessoas excluem os judeus de alguma atividade que estão fazendo.

Os judeus tem sido um dos povos mais perseguidos da humanidade. Durante o regime nazista na Alemanha foram mortos mais de 6 milhões (6.000.000) de judeus, isto se chama o holocausto.
 
Em Curitiba tem um museu do holocausto.


PRECONCEITO DEZ
DEFICIENTES
Os deficientes sofrem preconceito. Por exemplo, um deficiente quer trabalhar de digitador daí ele vai procurar um emprego e acha. O dono da empresa de digitadores, um preconceituoso do caramba, fala que para ser um digitador tem que correr 100 metros com obstáculos em 15 segundos. Daí ele fala que ele é deficiente o dono fala “sinto muito”.

Por isso tem varias leis no Brasil para proteger as pessoas com deficiência. Alguns exemplos incluem a Lei nº 7853/1989 que estabelece normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva integração social; e a  Lei Nº 8.213/1991, também conhecida como Lei de Cotas, ela obriga toda empresa a ter em seu quadro de funcionários 2% portadores de necessidades especiais quando atingir o número de 100 empregados, 3% de 201 a 500, 4% de 501 a 1000 e a partir daí 5%.


PRECONCEITO ONZE
MIGRANTES
Migrantes são as pessoas que mudam de casa, país ou cidade à busca de empregos, um lugar melhor para morar, por causa de problemas sociais no lugar onde vivem.

Os migrantes também sofrem preconceito. Por exemplo, um mineiro vem morar no Rio de Janeiro. Ele anda pelas ruas e todos riem dele. Uma vez uma pessoa falou “o seu mineiro de uma figa hahaha”. Isso é um preconceito. Nós temos que ser o que nós somos e os outros têm que nos respeitar.


PRECONCEITO DOZE
SOCIAL
O preconceito social é uma forma de preconceito a determinadas classes sociais que provém da divisão da sociedade em classes.
Por exemplo, um mecânico vai em uma loja comprar roupa. O fiscal da loja fala “o que você está fazendo aqui seu mecânico todo sujo”. Daí ele é expulso da loja só por causa de sua condição social.
Isto inclusive pode resultar em violência e brigas.


Em conclusão, todos nos sofremos preconceito. Todos nos brigamos, porque se não brigarmos e não termos discussões não somos seres humanos.


      O preconceito para mim é um crime muito grave. Eu tenho dois pais maravilhosos e são gays e eu não tenho preconceito contra eles.
Meus pais são muitos legais. Diz o Marco Feliciano que a minha família é uma família de podridão, ele também disse que os negros são amaldiçoados e que os gays são podridões. Como é que ele sabe que os gays são podridões? Ele não sabe não, os gays não são como ele pensa. Ele tem que ver e conhecer para falar dos outros. Sem conhecer não sabe se aquele gay é mal, se é legal e se é podridão.
O Feliciano tem feito pronunciamentos racistas, homofóbicos, transfóbicos, lesbofóbicos.  Eu quero saber de uma coisa, se ele tem opiniões racistas, homofóbicas, transfóbicas, lesbófobicas então porque ele está na presidência da Comissão de Direitos Humanos? Ele não pode fazer uma coisa que ele não gosta, para que ele quer defender a gente se ele não gosta dos gays, das lésbicas, das trans e das travestis? Ele não pode ficar na presidência da Comissão dos Direitos Humanos. É um absurdo ele estar lá, ele não pode ficar. Eu tenho 12 anos e entendo de tudo isso eu participei da manifestação contra dele. Se ele não sair da Comissão dos Direitos Humanos nós vamos voltar  para tirá-lo de lá porque ele não merece estar lá. Sabe o que eu acho, ele nem está ligando para a pessoas LGBT, ele quer  mais é aparecer na mídia mesmo.
As pessoas que sofrem preconceito devem denunciar quem as ofendeu. Devem criar ONGS para combater o preconceito. Eu, de 12 anos, não admito o preconceito no Brasil e nos outros países: “tenho dito!!!”
Afinal das contas, todos nós sofremos e temos preconceito.