Artigo: Adolescentes e suas rebeldias
É muito comum os adolescentes serem rebeldes, querer fazer o
que quiser e teimar com os pais. A época mais difícil da adolescência é a puberdade
que ocorre dos 13 aos 15 anos do adolescente onde no meu caso sempre fui
rebelde desde pequenininho. Sempre desobedeci minha família, sempre achei que
eu que mandava em mim mesmo. Quando fui adotado eu pedia as coisas para meus pais
e quando eles não me davam eu quebrava as coisas em casa.
Muitos adolescentes têm rebeldia, alguns nem tanto, mas
outros até demais, de modo que até desafiam os poderes dos pais. Eu sempre fui
rebelde, mas nunca cheguei ao ponto de desafiar o poder de meus pais. Quando
sou rebelde fico em reflexão e a duração dessa reflexão depende da gravidade do
problema. Já fiquei um mês, uma semana, dois meses, duas semanas, um dia, dois
dias. Depende muito da gravidade do problema. Quanto mais grave, mais tempo, e quanto
menos grave, menos tempo. Faz um mês que eu não fico de reflexão, mas antes
disso fazia tempo que eu não ficava de reflexão. Eu cometi um erro muito grave
que prefiro não comentar.
O médico e pediatra Dr. Barton Schmitt explica 7 fatos para curar a rebeldia dos adolescentes
rebeldes publicado na Fonte:http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3266/-1/adolescentes-como-tratar-a-rebeldia-normal.html
Como tratar a rebeldia normal do adolescente:
1- Trate seu filho adolescente como um amigo
adulto
Quando seu filho tiver mais ou menos 12 anos de
idade, comece a estabelecer o tipo de relação que você quiser ter com ele
quando ele estiver adulto. Trate seu filho da forma que gostaria de ser tratado
por ele quando adulto. O objetivo deve ser fixado em muito respeito e apoio, e
a capacidade de divertir-se juntos.
Procure ter conversas relaxadas, informais,
enquanto andam juntos de bicicleta, caminham, vão às compras, jogam bola,
passeiam de carro, cozinham, comem, trabalham, e em qualquer outra atividade
que compartilhem juntos. Use o elogio e a confiança para ajudá-lo a adquirir
uma imagem positiva de si mesmo.
Reconheça e corrobore os sentimentos de seu
filho escutando-o de forma compreensiva e fazendo comentários sem criticar.
Recorde-se que escutar não quer dizer que você tenha de resolver os problemas
de seu filho adolescente. A amizade é a melhor base para o bom funcionamento da
família.
2- Evite a crítica naquelas situações em que
"não é uma questão de vencer"
Quase todas as relações negativas entre pais e
adolescentes acontecem porque os pais criticam demais os filhos. Grande parte
do comportamento de um adolescente que provoca a desaprovação dos pais
simplesmente reflete a concordância com os gostos atuais de seu grupo de
amigos. A imersão em um grupo de amigos é uma das etapas essenciais do
desenvolvimento dos adolescentes. O jeito de se vestir, de falar e agir de
forma diferente dos adultos podem ajudar seu filho a sentir-se independente de
você.
Evite qualquer crítica sobre sua maneira de vestir,
seu penteado, sua maquiagem, sua música, seus tipos de festas, suas amizades,
seus interesses de diversão, a decoração de seu quarto, como passa seu tempo
livre, o uso de seu dinheiro, sua linguagem, sua postura, sua religião e sua
filosofia. Isto não significa que você não possa expressar sua opinião pessoal
sobre estes temas. Mas permitir que seu filho adolescente se rebele nestes
campos de importância secundária e pequena pode evitar que ele o faça em campos
importantes tais como experiências com drogas, fugas ou roubos. Apenas
intervenha e faça uma mudança se o comportamento de seu filho é prejudicial,
ilícito ou viola os seus direitos (veja as seções 4 e 5 sobre as Regras da
Casa).
Outro erro comum é criticar o estado de humor
ou atitude de seu filho adolescente. Uma atitude negativa ou pejorativa apenas
pode ser modificada com bom exemplo e elogios. Quanto mais insistir em
comportamentos não tradicionais (alguns raros), mais estes durarão.
3- Deixe que as
regras sociais e as consequências lhe ensinem a responsabilidade fora de casa
Seu filho adolescente deve aprender por sua
própria experiência e seus próprios erros. À medida que experimenta, aprenderá
a assumir responsabilidade sobre suas decisões e ações. A mãe e o pai devem
intervir apenas se o adolescente se propõe a fazer algo perigoso ou ilegal.
Além do mais, o pai e a mãe devem confiar na autodisciplina do adolescente, na
pressão exercida por seus amigos para que se comporte com responsabilidade, e
nas lições aprendidas pelas consequências de suas ações.
As leis locais de toque de recolher ajudarão a
controlar a hora de chegar em casa, a exigência da escola com relação à
frequência influirá na hora em que seu filho chega em casa para dormir, as
qualificações escolares farão com que seu filho adolescente seja responsável
pelas tarefas e outros aspectos de seu rendimento escolar. Se ele mostrar uma
atitude negativa em um emprego, será despedido. Se juntar-se à más companhias,
descobrirá que estes não vão guardar seus segredos e que fazem com que ele se
meta em confusões. Se não pratica um esporte com vontade, será pressionado pela
equipe e pelo treinador para que melhore. Se gastar todo o dinheiro que ganha
de seus pais ou de seu trabalho, ficará sem dinheiro antes do final do mês.
Se por acaso seu filho pedir conselhos a
respeito de suas atividades fora de casa, descreva para ele as vantagens e
desvantagens de uma forma breve e imparcial. Pergunte a ele coisas que o ajudem
a pensar sobre os riscos principais. Logo, conclua suas observações com um
comentário como "Faça o que achar melhor". Os adolescentes precisam
de muitas oportunidades para aprender por seus próprios erros antes que saiam
de casa e tenham que resolver seus problemas sem um apoio constante.
4- Deixe claras as regras da casa e as consequências por não
respeitá-las
Você tem o direito e a responsabilidade de
estabelecer regras com relação à sua casa e outros bens. As preferências de um
adolescente podem ser toleradas dentro de seu próprio quarto, mas não devem ser
impostas no restante da casa. Você pode proibir a música estridente que
interfere com as atividades de outras pessoas, ou as ligações telefônicas de
seus amigos após as 22:00 horas. Mesmo ao receber bem os amigos de seu filho em
sua casa, deixe claro as regras básicas a respeito de festas ou de os locais
onde podem fazer lanches. Você pode dar a seu filho a responsabilidade de
limpar o quarto, lavar sua roupa e passá-la. Você pode insistir pelo uso
adequado de roupa limpa e banhos para evitar ou eliminar o mau cheiro. Ao pai
ou à mãe cabe decidir se querem presentear seu filho ou filha com um automóvel,
uma bicicleta, uma máquina fotográfica, uma roupa, etc.
As consequências razoáveis por não respeitar as
regras da casa incluem perda de certos privilégios, como por exemplo: telefone,
televisão, música e usar o carro. (Mandá-lo para seu quarto não parece ser útil
para os adolescentes, e o castigo físico pode se converter em uma ruptura séria
da relação estabelecida entre os pais e o filho). Se seu filho adolescente
quebrar alguma coisa, deverá consertar ou pagar para consertar ou repor. Se
bagunçar ou sujar alguma coisa, deverá arrumar ou limpar o que sujar. Se seu
filho adolescente não tem bom desempenho na escola, você pode restringir o
tempo que pode assistir televisão. Você também pode limitar o seu privilégio de
uso do telefone e de saídas à noite durante a semana. Se seu filho adolescente
está fora de casa até muito tarde ou não avisa por telefone quanto vai demorar,
você pode proibi-lo de sair por um dia ou um fim de semana. Em geral, a
proibição de sair por mais tempo é considerada injusta e acaba sendo difícil de
cumprir.
5- Faça com que a
família participe da formulação das regras da casa
Algumas famílias acham útil ter uma breve
reunião após o jantar, uma vez por semana. Nesta ocasião, seu filho adolescente
pode pedir alterações nas regras da casa ou mencionar algumas questões
familiares que estão causando problemas. Você também pode levantar algum
assunto (tal como exigência de que seu filho adolescente não vá a muitos
lugares de carro e a necessidade de que seu filho ajude a organizar, com os
pais de um grupo de companheiros, o transporte coletivo por turno). Um pouco de
unidade familiar funciona melhor se as decisões forem tomadas democraticamente.
O objetivo da negociação deve ser que ambas as partes saiam ganhando. Deve
haver um ambiente de "Ninguém tem culpa, mas temos um problema. Como
podemos resolvê-lo?".
6- Mantenha-se à
distância quando seu filho adolescente está mau humorado
Em geral, quando seu filho adolescente está de
mau humor, não vai querer conversar . Se os adolescentes querem falar sobre um
problema com alguém, geralmente será com um amigo íntimo. Portanto, nestas
ocasiões é conveniente deixá-lo tranquilo e respeitar sua intimidade. Este é um
mau momento para falar com seu filho adolescente sobre qualquer coisa, não
importa se é algo agradável ou não.
7- Enfoque a
falta de cortesia com expressões de desagrado leves
Os adolescentes usualmente falam com seus pais
de forma descortês ou desrespeitosa. É importante que os adolescentes expressem
sua ira verbalmente e que desafiem opiniões de forma lógica pois precisam ser
escutados. Espere que seu adolescente apresente sua questão de maneira
apaixonada, mesmo que não seja de forma razoável. Passe por cima das minúcias -
são apenas palavras. Mas não aceite comentários desrespeitosos como chamar você
de "estúpido". Diferente das atitudes negativas, estas expressões não
devem ser deixadas de lado. Você pode responder com um comentário do tipo
"Realmente dói que me desrespeite ou que não responda à minha
pergunta". Diga isto o mais tranquilamente possível.
Se seu filho adolescente continuar fazendo
observações desagradáveis e raivosas, saia do quarto. Não se meta em uma competição
de gritos com seu filho adolescente. O que está tentando ensinar a ele é que
todo mundo tem direito a não estar de acordo, inclusive de expressar o seu
desagrado, mas os gritos e conversa descortês não são permitidos na casa.
Talvez você possa evitar o comportamento ofensivo dando um exemplo de cortesia,
desacordo construtivo e capacidade de pedir desculpas.
Consulte um médico se:
- Achar que seu filho está deprimido, que tem
tendências suicidas, que bebe ou usa drogas, ou quer ir embora de casa.
- Se seu filho adolescente estiver correndo
riscos indevidos (por exemplo, dirigindo com excesso de velocidade ou de forma
descuidada).
- Se seu filho adolescente não tiver amigos
íntimos.
- Se o rendimento escolar de seu filho estiver
caindo de forma perceptível.
- Se seu filho adolescente faltar frequentemente
à escola.
- Se as explosões de ira de seu filho
adolescente são destrutivas ou violentas.
- Se considera que a rebeldia dele é excessiva.
- Se seu filho adolescente alterar perceptivelmente
a sua vida familiar.
- Se achar que estão aumentando suas críticas
ou castigos.
- Se a relação que tem com seu filho
adolescente não melhorar após 3 meses adotando estes procedimentos.
- Se tiver outras dúvidas ou preocupações.
Depois de seguir os passos do doutor, acho que seu filho não
vai mais ser rebelde, ou pelo menos assumir o estresse familiar.
Eu era muito
rebelde porque como
diz a música brega
que papai Toni
canta para mim
Sou Rebelde
Lílian
Eu sou rebelde por que o mundo quis assim,
Por que nunca me trataram com amor
E as pessoas se fecharam para mim
Eu sou rebelde por que sempre sem razão
Me negaram tudo aquilo que sonhei
E me deram tão somente incompreensão...
Eu aprendi com a leitura do
texto do Adolescência , por Contardo Calligaris, que ser adolescente não é só ter
14 anos ser adolescente na cabeça também com maturidade.
Também Gostei muito
das dicas do doutor Barton
porque eu acho que resolve muito, se um pai ou uma mãe ler essas dicas rapidamente
colocarão em pratica.
Alyson Miguel Harrad Reis
Escola Estadual Dezenove de Dezembro
Curitiba 24 de novembro de 2015